anatomia da vida
28.7.12
25.7.12
A noite já habita na cidade há tempo e com ela hoje veio a nostalgia que deixei perdida nos lençóis há alguns dias atrás. Não é que eu goste dela, mas por vezes até caí bem acompanhá-la num passeio até ao nosso passado, longínquo ou não, e, por vezes, até àquele que nos faz ficar com um nó na garganta. Somos confrontados com imagens de vielas estreitas e becos sem saída por onde tivemos de passar. Olhamos agora, não com o mesmo olhar de outrora, mas sim um diferente. Mais frio e mais racional. Conseguimos ter a percepção do tempo e do quanto ele é veloz em todas as suas instâncias. Mas percebendo agora, ele não tem sido o meu melhor amigo. Contrariando as minhas vontades, é lento quando eu menos preciso e rápido demais quando assim eu não quero. Independentemente disso e por mais que eu o queira deter, consegue escapar-me, troçando baixinho ao meu ouvido. Interrogo-me se será sempre assim. Talvez seja em vão, mas fazendo-o sei que não cruzo os braços à derrota. Sabes, eu acho que já chega. Deixa-te disso e traz-me o que mereço. E não me digas que não o faço por merecer, reconheces que é mentira. Espero por uma benéce da tua parte. Mas sentada.
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